Tuesday, October 31, 2006

Nada mais...

Quando me perguntam sobre o que que eu faço na vida apetece-me sempre responder “nada mais do que a vida me faz”.

Sunday, October 29, 2006

Aos homens …

Conjugação do verbo “to ogle” no presente do indicativo.


Eu oglo

Tu oglas

Ele Ogla

(ela ogla, mas não com a mesma intensidade)

Nós oglamos

Vós oglais

Eles oglam

Friday, October 27, 2006

6 months????

Sky News Home

Leching is a growing problem
Leching is a growing problem

Six Months Ogling Women

Updated: 08:39, Friday October 27, 2006

The average British male spends six months of his life ogling women.

Researchers claim men will target eight different girls every day and spend two minutes eyeing up each one.

The first thing the average bloke will look at is the boobs before working down to the bottom and then the legs.

Girls do it too but they are not as prolific, picking only two men a day for 90 seconds at a time - just one month of their life.

And women look first at a man's eyes - before taking a quick look at his bum.

More than half of the men questioned saw nothing wrong with a bit of ogling - but a third say they have been caught in the act.

The study was carried out by glasses firm BuySpecs4Less.co.uk

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Ao ver esta notícia na skynews julgava que a surpresa era por defeito, mas ao ler no website constato que não. Sempre pensei que os homens perderiam muito mais do que 6 meses de vida efectivos a olhar e cobiçar mulheres. Live and learn ...

Thursday, October 26, 2006

And this little masochist ...

Na obra “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera um personagem diz que ama melhor o cão do que a pessoa amada, apenas e só porque o irá sempre amar independentemente das circunstâncias, sem pedir nada em troca.

Vou mais longe, é precisamente porque o ser humano tem essa capacidade que escolhe gatos em vez de cães e pessoas menos convenientes em detrimento das racionalmente ideais (considerando que tal conceito é inteligível).

A dor, para todos os efeitos, ainda representa vida. E tem poucos rivais.

Monday, October 23, 2006

Agustina bessa-Luís

Continua a defender que as guerras funcionam como um afrodisíaco para os homens?

As guerras despertam um sentimento de culpa e do sentimento de culpa nasce a criação. Os homens precisam de se sentir culpados para criar.

Consegue estabelecer algum tipo de paralelo entre essa excitação pela culpa e a excitação sexual?

Ao nível dos instintos. Numa guerra tudo é permitido e os jovens são seduzidos por essa libertação total dos instintos, sem punições. Quem vai para a guerra sabe que vai para uma orgia.

As mulheres precisam dessa excitação para criar?

Não. As mulheres são criadoras por natureza.

Isso torna-as o quê?

Irresponsáveis e imóveis. A mulher não tem necessidade de evoluir. Acompanha o homem por simpatia.

Têm melhor fundo?

Os homens são mais sensíveis e sinceros. A mulher sempre teve e continua a ter uma vida doméstica que a limita. Um cão preso torna-se feroz.

É por isso que nas histórias infantis há mais bruxas do que bruxos?

Isso é uma visão masculina. Desde o início dos tempos que a mulher é vista como bruxa porque tem capacidade de dar origem a um ser humano.

A própria Agustina muitas vezes é apelidada de bruxa...

Fico mais espantada quando as pessoas dizem que gostam de mim. Não vejo razões para gostar de mim porque eu também não gosto da maioria das pessoas...


Excerto de uma entrevista à autora de "A sibila"

Friday, October 20, 2006

Zapping televisivo

É impossível não esboçar um ligeiro sorriso confortante quando ouço falar de zapping televisivo porque a marca identificativa que este criou em mim é por demais relevante.

O efusivo percorrer de canais, as inúmeras possibilidades de escolha que me parecem sempre dramaticamente poucas, o parar ao mais pequeno estímulo para rapidamente seguir em frente, o pouco tempo para poder fazer uma escolha tornando-a difícil e baseada num estimulo menos racional (quando analisada no tempo), o pouco tempo dedicado à escolha devido à perspectiva de todas as outras possíveis, a junção de todas as imagens percorridas acabam por ser episódicas , desconexas, e no fim, quando todas juntas, não fazem sentido algum ...

Conheço poucas coisas que sejam, por analogia, o paradigma da minha vida

Wednesday, October 18, 2006

A saber ...

Qualquer pessoa que já tenha tido um caso amoroso com o senhor Soren Kierkegaard passa a utilizar a palavra “idiossincrasia” muito mais vezes. Na melhor das hipoteses torna-se irritante ...

Monday, October 16, 2006

Regina Spektor ""on the radio""




This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath

No, this is how it works
You peer inside yourself
You take the things you like
And try to love the things you took
And then you take that love you made
And stick it into some
Someone else's heart
Pumping someone else's blood
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again

Andrew Wiles, matemático inglês que decidiu tirar anos da sua vida para se dedicar exclusivamente à tentativa de validação do teorema de Fermat, acabou por consegui-lo bastantes anos depois. Quando começou, Andrew tinha essencialmente uma grande fé na demanda que iria então começar.

É curioso como a fé, seja no que for, fazendo jus à nossa condição humana, está presente até na ciência.

"Ignorance is bliss"

Demasiada informação traz tumultos psicológicos, gera possibilidades infinitas e leva a nossa mente no caminho da entropia, como tal, alguém se lembrou de que a ignorância equivale a felicidade. O caminho estava encontrado, os ditadores da história mundial promoviam o conceito, a comunicação social não se cansa de a explorar para proveito próprio, e até eu a uso todos os dias para escrever este blog e assegurar-me de que nunca se tornará num blog intelectual. Não era preciso muito, como ouvi dizer uma vez “quando não se precisa de ir ao osso, normalmente não sei vai”, viver na ignorância pode ser uma forma teoricamente confortável de se estar. No entanto, se há algo de que não podemos fugir é da nossa natureza difusa, ser ignorante faz-nos cometer tantos erros infantis que rapidamente caminhamos para um estado de vida que nos levará aos tais tumultos psicológicos e quem sabe até cair no conceito fatídico e recorrentemente usado da infelicidade, neste caso, numa infelicidade auto infligida por negligência.

Temos sempre a hipótese de optar, mas seja qual for a escolha, consciente ou não, que não se espere resultados particularmente diferentes. É essa a nossa maldição, ou bênção, até isso fica à escolha.

Saturday, October 14, 2006

Ligação perdida

Mi # says:

caí

Dó says:

agora não vi

Mi # says:

nem eu

Dó says:

errr... mas foste TU que caíste

Mi # says:

pois,, eu tenho medo de me ver ao espelho

Dó says:

porquê?

Mi # says:

porque sou eu.

não tenho nada contra espelhos

Don’t bore us, get to the chorus

Qualquer hiperactivo, por mais inteligente que seja, prefere a cultura Pop.

Thursday, October 12, 2006

Perguntam-me

Perguntam-me porque não escrevo sobre o amor...

Sempre me ensinaram que não interessa se alguém sabe muito ou pouco, interessa que só se fale do que sabe, e se seguir esta máxima, existirá sempre um resultado que se não for brilhante, é pelo menos validamente idiossincrático.

Tuesday, October 10, 2006

Groucho Marx - Last show



Cosby: Do you believe in life after death?
Groucho: I have serious doubts about life before death

Levantem-se ó imberbes deste mundo !!

"Regarded as a whole, Thomas Mann's career is a striking example of the "repeated puberty" which Goethe thought characteristic of the genius."

Taken from the wikipedia

Monday, October 09, 2006

sobre o post anterior ...

É difícil não ficar deliciado ao receber várias observações antagónicas em relação ao post anterior a este, porque esse é um dos objectivos de um “firestarter”.

Em primeiro lugar, eu não estou certo da existência efectiva das mulheres, ou do conceito de mulher. Olho à minha volta e não vejo nenhuma, nada que se assemelhe (o que é natural, pensam as pessoas, considerando que eu escrevo textos como aqueles), e como sou redutor, opto por não acreditar que existe algo mais do que eu consigo ver.

Voltando ao texto, naturalmente não vou defender o carácter científico da tese, nem a recomendaria como tese de doutoramento (bem, depende da área especifica do curso em causa e especialmente da universidade). Por tendência só defendo a ironia e o sarcasmo, se bem que, desde que me apontaram que “sarcasm is the lowest form of wit” eu optei humildemente por moderar as doses do mesmo, mas como humano que sou (ou espero ser), aniquilar esse meu lado seria como amputar uma perna, ninguém fica incólume à supressão de uma característica natural.

No caso deste texto, é certo que não cristalizo tudo o que está nele (para confirmar o FL) mas é interessante e divertido o suficiente para o ter em conta enquanto nos vamos perdendo no mundo do relativismo.
As categorias em causa, se bem me lembro (eu tenho memória curta e sempre agradeci a deus por isso), eram apenas sobre o comportamento feminino em relação ao sexo oposto e não sobre todas as facetas que suplantam esse campo e espaço (apesar das interligações, não sendo preciso ir buscar o famoso judeu austríaco que conectava o sol, se possível, com eventos sexuais).

Aparte da ideia do post apetece-me falar sobre outra questão relacionada.

É “redutor”. Uma palavra ouvida até à exaustão nos dias de hoje. Se por um lado tem validade argumentativa, por outro é redundante em si mesmo. Toda a objectivação da realidade é redutora, num caso extremo de tentativa de não ser redutor, o vazio seria o destino (não é por acaso que se associa o niilismo ao pós-modernismo e ao relativismo, bla ,bla...). Não é por isso que o ser humano pára de tentar entender o mundo, assim como não é por isso que deixa de tentar viver o mais possível mesmo sabendo que vai morrer. Todos nós temos comportamentos redutores no dia à dia, comportamentos que são verdadeiros axiomas e que não questionamos porque nos permitem suportar a vida e atingir algo mais alto, mesmo sabendo que o chão não é conhecido ou seguro. Com esta tendência castradora da aversão à redução, é possível que qualquer dia se atire a toalha para o chão. A estupidez que muitas vezes advém do risco de tentar algo mais é necessária para a evolução, o que me faz querer aplicar a velha máxima popular “serve de exemplo para como não se faz” (e como me sinto bem nessa posição). Parafraseando o Woody Allen, “é fantástico como uma espécie consegue viver e lutar com a única esperança de que as próximas gerações possam continuar o trabalho das anteriores e saber um pouco mais.”
Para terminar, voltando ao tema do post anterior, gostava de deixar aqui a dúvida mais pertinente (ok, pelo menos uma das mais pertinentes). A ideia central de avaliação do tema pode ter sido escrita por mim mas inspirada na teoria elaborada por uma mulher. O que faria com que frases de reacção ao texto como “é por isso que os homens não percebem as mulheres” ganhassem um novo sentido.

Friday, October 06, 2006

As mulheres (título alternativo "este é muito longo, leiam o próximo")

O grande desejo do homem heterossexual será, em última instância, perceber as mulheres(mesmo não se percebendo a ele mesmo, mas isso é outra história).

O Oscar Wilde dizia que as mulheres não foram feitas para serem percebidas mas para serem amadas, no entanto, as críticas são ferozes. Ele era gay, ele era alienado, ele era juvenil (ou high camp, como um amigo inglês me disse), ele era homem. O que percebia ele de mulheres(vá-se lá perceber estas relações até chegar à pergunta)? É melhor esquecer, o Wilde não interessa nada para esta questão. Já o senhor Foucault( que estou sempre a esquecer, ou forçosamente a lembrar) com a sua aversão a categorias ficaria a detestar-me com o que eu descobri hoje.

Descobri que as mulheres se dividem em 4 categorias comportamentais.

A categoria principal é a que em bom vernáculo é denominada de “gaja boa”.
A “gaja boa” é a grande multinacional que domina o mercado, podendo ser, a título provisório, a Microsoft do sistema social feminino. São aquelas que são mais pretendidas e que por conhecimento desse facto, sabem que podem agir , entrar, causar danos, sair, manipular, ser manipuladas, destruir , causar impacto imediato usando nem que seja apenas o poder da sua imagem. O poder é um instrumento que só os parvos (por favor não me venham com a história do altruísmo) não usam para seu proveito.

A segunda categoria é a das mulheres que apesar de não serem “gajas boas” tentam um exercício de mimetismo. Copiam as vestimentas, os adornos, tiques, o estilo de vida, os comportamentos gerais apenas e só porque optam por não inventar a roda. No entanto, acabam por nunca passar de imitações e as entidades masculinas quando têm de optar entre o produto original e o copiado, optam pelo original (quando podem escolher). É uma opção que visa na realidade obter os restos, ou seja, optar pelos que estão fixados na primeira opção mas que por uma razão ou por outra não conseguiram atingir esse objectivo nem conseguiram abdicar dos contornos desse sonho.

A terceira categoria define-se como a das mulheres que ao perceberem que não estão na primeira categoria optam por estudar o sistema da mesma , perceber os pontos fracos, e atacar nesses mesmos pontos (serão a Apple?). É reconhecido que quando alguém obtém poder através de determinada forma, opta por manter a origem do poder para que este esteja sempre forte e não diminua. Poucos são os que quando chegam ao topo optam por se desconstruir e seguir por outra via (dão bonitos contos, mas não são de todo a regra). Ao reconhecerem este facto, estas mulheres vão usar como armas o que pensam faltar nas mulheres da primeira categoria... cultura, conhecimento e uso deste últimos para a cativação e manipulação. Estas mulheres podem não entrar de rompante e causar estragos de imediato no seu objecto de desejo, mas entram aos poucos, ganhando a mente do mesmo, entrando nos seus hábitos, nas afinidades e por fim nos sentimentos. Estas mulheres entram lentamente no circuito sanguíneo como um vírus inofensivo mas que quando o infectado dá por ela, já é tarde demais, o “vírus” faz parte da sua estrutura.

A última categoria é composta pelas revoltadas contra o sistema. Como não pertencem à categoria principal revoltam-se e saem do mercado. Detestam os homens e a sua tendência para só gostar das mulheres que são tudo o que elas não são. Estas mulheres tanto podem juntar-se à extrema esquerda para culparem o capitalismo da exaltação da beleza feminina e da sua futilidade (entre todas as outras coisas), como podem em casos extremos tentar a homossexualidade (cujo sucesso da tentativa ultrapassa-me) antes dos gatos.

Naturalmente que há casos onde as mulheres estão no limbo de categorias e como tal o que as faz optar por determinado comportamento é a forma como se avaliam a si mesmas, o que acaba por ser um processo determinante.

O meu dia chegou ao fim, as categorias também, e amanhã este texto vai ser um peixe morto a flutuar por águas do universo dos blogs.

PS: Tudo na vida é uma brincadeira, e entre o tudo e o nada há coisas que fazem sentido momentaneamente, mesmo que os momentos sejam efémeros... como tudo o resto.

Thursday, October 05, 2006

7ª festa do cinema Francês

Ontem deu-se a inauguração da 7ª festa do cinema Francês.
No São Jorge houve pompa e circunstância suficiente para que a hipérbole do conceito de reverência ficasse envergonhado.
O filme de abertura “Fauteuils d’orchestre” pareceu-me um filme desfocado (não literalmente, valha-nos isso). Não é um drama, tenta ser uma comédia a espaços, mas nenhuma das piadas tem força suficiente para arrebatar alguém (havia algumas pessoas a rir, mas eu nunca percebi bem os humanos) e umas horas depois não me consigo lembrar de nenhuma. A temática do artista bem sucedido que se interroga acerca do significado do seu sucesso não deixa de ser interessante, apesar de já ter sido demasiadamente explorada até aos dias de hoje. No fim, ficou pouco ou nada e volto para casa com vontade de ir ver vídeos do Groucho Marx no youtube.

Wednesday, October 04, 2006

Homens que produzem mulheres

Depois de tanto tempo e continuo a achar interessante (palavra mais útil na língua portuguesa a seguir ao “pois”) que se chame o mesmo nome às mulheres que desempenham determinada profissão do que ao produto que os homens dessa mesma profissão produzem.


Exemplos: Uma música, uma política...

Vou dormir

Uns dizem-me que pior do que imitar os outros é imitarmo-nos a nós próprios.
Outros dizem-me que o importante é ter uma idiossincrasia distintiva e sólida (tornando o “não te imites a ti próprio” um paradoxo).
Ainda outros dizem-me que é preciso ser original, mas se for preciso roubar, que se roube aos melhores.

Sabem que mais? Vou dormir.

Sunday, October 01, 2006

Porque não é só o senhor Bush …

"Um número baixo de votantes é uma indicação de que menos pessoas estão a votar."

“Na amazónia vivem 20 milhões de cidadãos que têm mulheres e filhos. Mulheres e filhos são apêndices dos cidadãos.”

“Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassar.”

“Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não.”

“Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é “estar preparado” “.

Para tentar elogiar o médico e ex-ministro Adib Jatene :

“Quando as pessoas vêm para o hospital e morrem na mão de Jatene, ficam satisfeitas mesmo que ele tenha cometido um erro, afinal, morreram nas mãos do melhor.”

Lula da Silva, líder do Partido Trabalhista e presidente Brasileiro.

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