Saturday, May 30, 2009

12º ano obrigatório. O que se segue?

O governo socialista quer tornar o 12º ano obrigatório para todos. A seu tempo, isto não ficará por aqui: um dia vai querer tornar a licenciatura obrigatória para todos, depois o mestrado, e assim consecutivamente, de maneira a formar os portugueses com uma educação artificial.

Quais os resultados desta política?

Uma diversidade de fenómenos que não caberia neste texto; porém, de momento, ficam patentes dois exemplos reveladores:

A) A política da cunha vai proliferar. O empregador, na presença de milhares de trabalhadores com as mesmas qualificações, e na iminência de ter de fazer milhares de entrevistas, irá perguntar a um amigo (ainda mais facilmente do que agora) se conhece alguém de “confiança” para o lugar procurado. Como a grande maioria terá as mesmas qualificações provenientes do ensino facilitista, o amigo conhecerá sempre alguém para o lugar. Concomitantemente, estamos na presença de mais um duro golpe na meritocracia.

B) Os melhores cérebros vão-se sentir obrigados a estudar bastantes mais anos para poderem ter qualificações superiores a todos os outros estudantes do ensino facilitista. Com isto vai-se fazer com que esses cérebros tenham inúmeras dificuldades em entrar mais cedo no mercado de trabalho. Uma sociedade que se vê privada dos seus melhores elementos no mercado de trabalho, porque os obriga a estudar ad eternum, não pode ter uma economia produtiva.

Inicialmente publicado em "O Replicador"

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