Thursday, December 27, 2007

Bom ano novo e até para o ano

"Nine out of ten of what we call new ideas are simply old mistakes."
G. K. Chesterton

Tuesday, December 25, 2007

George Orwell wrote "Why I write". Woody gave this interview ...

Friday, December 21, 2007

Porque a lógica absoluta falha (quase) sempre

Depois de ter escrito este post e de ter lido os respectivos comentários, surgiu-me uma questão que tem tanto de verosímil como de absurda.

Será que com a perspectiva notória do hiper-individualismo as pessoas acabam por ter um comportamento conjugal oposto ao esperado? Ou seja, será que ao perceberem que a concorrência é mais feroz do que nunca optam por se agarrarem ainda mais ao seu conjugue porque não querem cair na “selva do individualismo” ? Ou ainda melhor, será o medo da solidão (que segundo dizem nunca foi tão grande) o grande motor para o facto de “toda a gente” ter um conjugue independentemente de ser mais ou menos feliz com o facto ?

Wednesday, December 19, 2007

Sexologia

E a prova de que a sexualidade está essencialmente na mente e não no corpo é o facto de não podermos ter sexo voluntário depois de mortos.

Tuesday, December 18, 2007

Publicidade

Tomo conhecimento de um publicista que se diz de esquerda.

Sabendo que a publicidade é a grande arma do sistema capitalista, sabendo que durante no último século foram escritos inúmeros manifestos de esquerda contra o poder da publicidade (de que o famoso livro “No logo” de Naomi Klein é apenas um pequeno exemplo), sabendo que grande parte da esquerda acha que acabando com a publicidade acaba com o sistema capitalista pois priva-o da sua propagação, só posso concluir que alguém anda perdido, ou o publicista ou a ideologia.

Conflito

Precisava de entregar uma proposta para um trabalho de investigação sobre um conflito mundial (Iraque, Kosovo, etc etc). Ao entregar a proposta, não sei porquê, escrevi o meu nome em cima da folha a sublinhado. Depois de o fazer, a pessoa responsável pela selecção diz-me cheia de humor “ Quando vi o nome Filipe Faria escrito em cima pensei que esse era o tema, pensei que seria um acto de egocentrismo supremo, mas até acho bem, temos de ser os primeiros a gostar do nosso eu.”
Limitei-me a sorrir perante a situação. No entanto existia uma verdade poética na observação em causa, se o objectivo era escolher um conflito, então “Filipe Faria” seria um tão válido como a 2ªa guerra mundial.

Saturday, December 15, 2007

Obsessões

Uma experiência útil é imaginarmos o equivalente à elite intelectual de Londres e de Nova Iorque, apenas há cem anos. Teriam obsessões que nós acharíamos espantosas – frenologia, abstinência, espiritualismo -, mas estas não eram mais bizarras do que a crença actual na psicoterapia um dia vai parecer.

Retirado do livro “What’s left?” de Nick Cohen

Mais uma para a “frigideira”


É só para dizer que foi adicionada mais uma música à lista da minha página do Myspace. Chama-se “Life vest” e é uma canção sobre tudo o que me quiserem perguntar e sobre tudo o que eu conseguir responder.

Friday, December 14, 2007

Sobre a sinceridade

As piores pessoas são naturalmente as mais sinceras. Mesmo quando estão a faltar por completo à verdade, elas conseguem acreditar no que dizem para se auto-justificarem e se salvarem da “loucura”. É muito comum em política, mas é muito mais comum em tudo o resto que é humano.

Sunday, December 09, 2007

Casais em percentagem

Não é preciso ler Gilles Lipovetsky ou qualquer outro autor que se debruce sobre a modernidade social para conhecer a história do individualismo contemporâneo e da sua correspondente solidão. Bem sei que se pode estar sozinho estando acompanhado, mas estaremos objectivamente sozinhos em termos relacionais?
Quando penso em toda as pessoas que conheço apercebo-me que quase toda a gente está numa relação amorosa, ou por outras palavras, que quase toda a gente tem um namorado ou namorada (mesmo que tenham mais do que um).
Sem qualquer tipo de rigor científico ou empirismo apurado, calculo que, dentro da faixa etária (19-35 anos), conheço 75% de pessoas que fazem parte de um casal (uns mais estáveis que outros, namorados ou casados) e apenas 25% estão realmente sozinhos. Isto faz-me suspeitar de muitas coisas. No entanto, como não quero cair na célebre falácia do argumento da experiência pessoal, aproveito para perguntar aos leitores deste blog (esperando eu que os haja) qual a percentagem dos seus conhecidos e amigos? 50%/50%, 30%/70%, 10%/90% ? São livres de reflectir e opinar nesta caixa de comentários. Muito obrigado.

Saturday, December 08, 2007

Sapiência infantil

Na sua autobiografia, deliciosamente ingénua, Vanessa Redgrave (membro proeminente do partido inglês de extrema esquerda “Partido revolucionário dos trabalhadores”) descreve uma situação em que estava sentada na cama com a sua jovem filha, Natasha Richardson: {Natasha pediu-me que passasse mais tempo com ela. Tentei explicar-lhe que a nossa luta política era em prol do seu futuro e do de todas as crianças da sua geração. Ela olhou-me com um sorriso sério e doce e disse: “Mas eu preciso de ti agora. No futuro não vou precisar tanto.”}

Retirado do livro "What's left?" de Nick Cohen

Thursday, December 06, 2007

As minhas canções


Como cantautor (ou “singer/songwriter”, se preferirem) identifico-me bastante com os cantautores da esquerda revolucionária portuguesa do pré e do pós 25 de Abril. Eles protestavam contra ditadura do estado novo. Eu protesto contra a ditadura da natureza humana.

Wednesday, December 05, 2007

Poetas2

No seguimento do post anterior, e para provar como eu gosto de (alguns) patetas, deixo aqui um dos posts mais relevantes que li nos últimos tempos. Não agradeço ao senhor Pedro Mexia porque este tipo de coisas não se agradece. Mais depressa lhe chamo pateta em forma de elegia e de elogio.

O pêndulo
“O pêndulo oscila. Só estaria na chamada «posição de equilíbrio» se não oscilasse. Só estará na chamada «posição de equilíbrio» se deixar de ser um pêndulo. Um pouco de paciência, que eu não demoro.”

Tuesday, December 04, 2007

Poetas

Estão sempre a dizer que Portugal é um país de poetas.

Não quererão dizer antes que é um país de patetas?

E não é a mesma coisa?

Saturday, December 01, 2007

Profissão

Difícil difícil não é transformar aquilo que gostamos de fazer na nossa profissão, difícil difícil é transformarmos o que gostamos de fazer na nossa profissão e continuarmos a gostar.

Don't come knocking (2007)


Desde Paris Texas que não vi um filme de Wim Wenders que realmente me arrebatasse. Este não foi excepção. Vagueia por entre uma telenovela (com direito a filho que nunca conheceu o pai e que o encontra já em adulto) e uns laivos de expressão artística mais bem conseguidos.
Não é bom, não é mau , não é bom, não é mau , não é bom … (é favor de ler em fade out)
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