As bandas e Max Weber
Ouço por aí novas bandas que soam a The Cure ou a qualquer outra banda institucionalizada no meio artístico e musical. Ouço críticas ao mimetismo. Legítimas? Max Weber diria que não.
Quando o sociólogo Alemão desenvolveu a tipologia das formas de dominação legítima, trouxe-nos a ideia de legitimidade carismática, uma forma de dominação e de autoridade baseada na admiração da generalidade das pessoas por um individuo com características extraordinárias, um individuo cuja mente está orientada para o futuro e que tem uma capacidade de persuasão acima do ordinário. Esta forma de dominação e de administração tinha um problema óbvio. Dada a finitude do ser humano esse tipo de dominação era precária pois não se podia perpetuar pelo tempo, a partir do momento que o homem carismático morresse, com ele morreria a sua orientação política.
Max Weber achava que tal não tinha necessariamente de acontecer. Ele achava que as características e os valores que esse homem representava podem viver para além da sua morte e passarem para instituições, ou seja, seriam criadas instituições com cargos que apenas podiam ser preenchidos por pessoas com as características do antigo líder, não no âmbito da personalidade, mas no campo do respeito aos seus valores.
As bandas que soam a outras bandas já vistas como “carismáticas” não estão mais do que a viver a era racional-legal. Lembram-nos dos valores que alguém extraordinário trouxe anteriormente para as nossas vidas. São burocráticas, eficazes, úteis, servem propósitos imediatos, e são modernas. Não são poéticas? Não. Mas a poesia é um género literário que vende muito pouco, estando mesmo fora tempo.
Agora, se me dão licença, vou ali buscar um livro de poesia. É certo não me demorarei muito com ele porque amanhã de manhã a sociedade racional-legal chama-me de novo. Olhá-la-ei de frente e direi com coragem “Aqui me tens, mas fica alerta”.
Quando o sociólogo Alemão desenvolveu a tipologia das formas de dominação legítima, trouxe-nos a ideia de legitimidade carismática, uma forma de dominação e de autoridade baseada na admiração da generalidade das pessoas por um individuo com características extraordinárias, um individuo cuja mente está orientada para o futuro e que tem uma capacidade de persuasão acima do ordinário. Esta forma de dominação e de administração tinha um problema óbvio. Dada a finitude do ser humano esse tipo de dominação era precária pois não se podia perpetuar pelo tempo, a partir do momento que o homem carismático morresse, com ele morreria a sua orientação política.
Max Weber achava que tal não tinha necessariamente de acontecer. Ele achava que as características e os valores que esse homem representava podem viver para além da sua morte e passarem para instituições, ou seja, seriam criadas instituições com cargos que apenas podiam ser preenchidos por pessoas com as características do antigo líder, não no âmbito da personalidade, mas no campo do respeito aos seus valores.
As bandas que soam a outras bandas já vistas como “carismáticas” não estão mais do que a viver a era racional-legal. Lembram-nos dos valores que alguém extraordinário trouxe anteriormente para as nossas vidas. São burocráticas, eficazes, úteis, servem propósitos imediatos, e são modernas. Não são poéticas? Não. Mas a poesia é um género literário que vende muito pouco, estando mesmo fora tempo.
Agora, se me dão licença, vou ali buscar um livro de poesia. É certo não me demorarei muito com ele porque amanhã de manhã a sociedade racional-legal chama-me de novo. Olhá-la-ei de frente e direi com coragem “Aqui me tens, mas fica alerta”.
1 Comments:
A Pop fornece assim os arquétipos dos tempos modernos... não apenas a música Pop, mas também o cinema, a literatura e as suas diversas formas de expressão... E porque não a política Pop? - arrisco.
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