O principio da especialização como verdadeiro conhecimento.

“Camilo Pessanha compunha e guardava na memória todas as suas poesias, escrevia-as apenas quando levado a isto por imediato motivo sentimental ou para as dar ao público. “
“A memória de Camilo Pessanha era uma estranha faculdade. Incapaz de fixar o caminho da Sé até ao Rossio, tinha de cor todos os seus poemas e muitos outros daqueles poetas que admirava. Mas essa memória, dos seus versos, não era metódica nem tinha um consciente fito de guardar as obras feitas e sempre vivas no seu mundo interior. Era apenas a forma de viver mais intensa ou mais íntima e constantemente a sua poesia.”

João Castro Osório numa introdução crítico-bibliográfica inserida numa das edições da obra de Camilo Pessanha, a “Clepsidra”.