Não nascemos todos iguais
Este título de aparente simplicidade tende a ser contestado pelos culturalistas proponentes da tábua rasa genética. Estamos todos de acordo, não com a premissa, mas com a utilidade da mesma: se tudo o que somos é definido por factores sociais, como a educação, a ternura parental ou o estatuto financeiro, então só temos de dar boas condições sociais a toda a gente para que, à luz kantiana, todos se encaminhem deterministicamente para a Razão. Contudo, este poderá ser o século em que teremos que enfrentar o mito da igualdade genética ao nível do talento e temperamento médio, aceitando as evidências desconfortáveis de que somos todos diferentes ao nível do nosso poder de resposta perante a sociedade.
Diferenças adaptativas entre géneros, raças e indivíduos estão a ser reveladas em vários estudos nas comunidades científicas. Não obstante, a sua recepção está sempre pejada de ferozes críticas.
Segundo o psicólogo evolucionista Steven Pinker, o presidente de Harvard, Larry Summers, enfureceu os seus leitores ao citar investigações que mostram que homens e mulheres têm distribuições estatísticas não idênticas de capacidades cognitivas e de prioridades de vida. Já Armand Leroi (biólogo) ofendeu várias susceptibilidades, num artigo do New York Times, por refutar a teoria convencional de que não existem raças. (A teoria conhecida como a falácia de Lewontin, segundo a qual, como a maioria dos genes podem ser encontradas em todos os grupos humanos, tal significa que os grupos não diferem; porém, os padrões de correlação de genes diferem de facto de grupo para grupo, correspondendo às raças principais tais como são percepcionadas pelo senso comum.) Em Julho de 2005 o antropólogo Jason Hardy e o geneticista Henry Harpending revelaram um estudo que sugere que os judeus asquenazes foram sujeitos a um processo eugénico de selecção biológica que visava atingir uma superior inteligência, mostrando também as doenças tipicamente “judaicas” como subproduto deste processo. Por fim, o pecado capital é cometido pelo cientista político Charles Murray (The Bell Burve), que através dos seus estudos traça correlações entre a inteligência média dos grupos e as suas consequências sociais.
Independentemente da acuidade de cada estudo apresentado, as provas em prol das diferenças que a selecção natural trouxe até ao indivíduo contemporâneo são enormes. Continuar a ignorá-las seria o equivalente a tentar tratar uma doença sem a diagnosticar primeiro. Em concomitância, estamos dispostos a aceitar que determinadas raças de cães têm um determinado comportamento definido pela sua genética, mas quando se trata de humanos gostamos de acreditar que todas as crianças são “folhas em branco” à espera de serem construídas pela sociedade, à semelhança do “bom selvagem” de Rousseau.
O aspecto mais bizarro de todo este processo é que o senso comum subjacente ao ser humano já reconhece estas evidências. Todos os dias se ouve dizer: “este rapaz é mais inteligente do que aquele” ou “este jogador nasceu para ser futebolista”. Nada que surpreenda o humano mais distraído; porém, quando chegamos ao âmbito político, o negacionismo tem um poder endémico, entrando em acção um discurso igualitário que oprime qualquer sugestão científica que venha abalar o edifício moral sobre o qual a política deve assentar.
Em 1950 a UNESCO declarou que a ciência não conseguia aferir se a diferença entre raças se devia a questões genéticas ou a factores culturais. Em 1978 declara novamente que não há raças com características superiores, mas desta vez deixa claro que a declaração se baseia essencialmente em princípios morais e não em bases cientificas. Em 2001 a palavra “raça” já nem entra nos discursos multiculturais da instituição.
O problema das instituições internacionais prende-se com a negação do problema através de bem intencionados esforços para promover o esquecimento das diferenças humanas inaptas que realmente existem. O verdadeiro desafio destas instituições devia ser a promoção das melhores formas de distribuir os recursos do planeta por indivíduos com características genéticas de diferente natureza. O direito natural tem aqui um papel importante a representar.
A igualdade perante a lei deverá estar sempre acima de quaisquer diferenças biológicas, nunca esquecendo as suas fundações de cariz moral. É preciso entender também que nenhum indivíduo deve ser visto como representante de um grupo, mas sim como representante de si mesmo, porque apesar de a variação intra-grupos ser menor do que a variação inter-grupos, é suficiente para tornar inválida qualquer representação do grupo pelo indivíduo.
Estamos perante o eterno dilema que opõe uma verdade inconveniente a uma mentira diplomática. O assumir político das diferenças médias entre grupos poderia levar a políticas mais bem adaptadas para cada grupo. Por outro lado existe uma fobia crónica de que tal assunção seja usada para fins radicais. Estaremos mentalmente preparados para dar esse passo quando as evidências científicas deixarem de poder ser ignoradas?
Diferenças adaptativas entre géneros, raças e indivíduos estão a ser reveladas em vários estudos nas comunidades científicas. Não obstante, a sua recepção está sempre pejada de ferozes críticas.
Segundo o psicólogo evolucionista Steven Pinker, o presidente de Harvard, Larry Summers, enfureceu os seus leitores ao citar investigações que mostram que homens e mulheres têm distribuições estatísticas não idênticas de capacidades cognitivas e de prioridades de vida. Já Armand Leroi (biólogo) ofendeu várias susceptibilidades, num artigo do New York Times, por refutar a teoria convencional de que não existem raças. (A teoria conhecida como a falácia de Lewontin, segundo a qual, como a maioria dos genes podem ser encontradas em todos os grupos humanos, tal significa que os grupos não diferem; porém, os padrões de correlação de genes diferem de facto de grupo para grupo, correspondendo às raças principais tais como são percepcionadas pelo senso comum.) Em Julho de 2005 o antropólogo Jason Hardy e o geneticista Henry Harpending revelaram um estudo que sugere que os judeus asquenazes foram sujeitos a um processo eugénico de selecção biológica que visava atingir uma superior inteligência, mostrando também as doenças tipicamente “judaicas” como subproduto deste processo. Por fim, o pecado capital é cometido pelo cientista político Charles Murray (The Bell Burve), que através dos seus estudos traça correlações entre a inteligência média dos grupos e as suas consequências sociais.
Independentemente da acuidade de cada estudo apresentado, as provas em prol das diferenças que a selecção natural trouxe até ao indivíduo contemporâneo são enormes. Continuar a ignorá-las seria o equivalente a tentar tratar uma doença sem a diagnosticar primeiro. Em concomitância, estamos dispostos a aceitar que determinadas raças de cães têm um determinado comportamento definido pela sua genética, mas quando se trata de humanos gostamos de acreditar que todas as crianças são “folhas em branco” à espera de serem construídas pela sociedade, à semelhança do “bom selvagem” de Rousseau.
O aspecto mais bizarro de todo este processo é que o senso comum subjacente ao ser humano já reconhece estas evidências. Todos os dias se ouve dizer: “este rapaz é mais inteligente do que aquele” ou “este jogador nasceu para ser futebolista”. Nada que surpreenda o humano mais distraído; porém, quando chegamos ao âmbito político, o negacionismo tem um poder endémico, entrando em acção um discurso igualitário que oprime qualquer sugestão científica que venha abalar o edifício moral sobre o qual a política deve assentar.
Em 1950 a UNESCO declarou que a ciência não conseguia aferir se a diferença entre raças se devia a questões genéticas ou a factores culturais. Em 1978 declara novamente que não há raças com características superiores, mas desta vez deixa claro que a declaração se baseia essencialmente em princípios morais e não em bases cientificas. Em 2001 a palavra “raça” já nem entra nos discursos multiculturais da instituição.
O problema das instituições internacionais prende-se com a negação do problema através de bem intencionados esforços para promover o esquecimento das diferenças humanas inaptas que realmente existem. O verdadeiro desafio destas instituições devia ser a promoção das melhores formas de distribuir os recursos do planeta por indivíduos com características genéticas de diferente natureza. O direito natural tem aqui um papel importante a representar.
A igualdade perante a lei deverá estar sempre acima de quaisquer diferenças biológicas, nunca esquecendo as suas fundações de cariz moral. É preciso entender também que nenhum indivíduo deve ser visto como representante de um grupo, mas sim como representante de si mesmo, porque apesar de a variação intra-grupos ser menor do que a variação inter-grupos, é suficiente para tornar inválida qualquer representação do grupo pelo indivíduo.
Estamos perante o eterno dilema que opõe uma verdade inconveniente a uma mentira diplomática. O assumir político das diferenças médias entre grupos poderia levar a políticas mais bem adaptadas para cada grupo. Por outro lado existe uma fobia crónica de que tal assunção seja usada para fins radicais. Estaremos mentalmente preparados para dar esse passo quando as evidências científicas deixarem de poder ser ignoradas?
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